segunda-feira, 25 de maio de 2009

DONA DUDA – A Primeira Cirandeira do Brasil (do livro de Cylene Araújo) - Parte 4

Depoimentos de Familiares, Amigos e Fãs

“Dona Duda significa vitória, música, alegria. Uma mulher que dedicou toda sua vida ao amor à ciranda. Conseguiu manter viva essa manifestação nobre da cultura pernambucana e formar cirandeiros por todo o Nordeste. Para mim foi um prazer participar dessa homenagem”

Nádia Maia – Cantora/Forrozeira (Atualmente morando em Olinda)

“Eu comecei dentro da Televisão pernambucana, TV Jornal do Commercio, e desde o início dos anos 70 que ouço falar na ciranda de Dona Duda. Os comentários eram muitos sobre as pessoas de expressão nacional que vinham conhecer Dona Duda. Na condição de coreógrafa da TV Jornal, muitas vezes estilizei o corpo de balé tentando copiar sua ciranda. Dona Duda para todos nós é um marco. Para mim é um prazer, é uma satisfação falar de uma pessoa tão importante dentro da cultura nordestina. Geraldo Silva, meu companheiro e jornalista, se estivesse conosco, teria muito mais a dizer sobre Dona Duda, pois ele era um amante e pesquisador do folclore e da nossa cultura. Em sua coluna no Jornal do Commercio, a cultura de raiz e os artistas locais tinham sempre o maior destaque.

Nara Galvão – Coreógrafa e Produtora Cultural (Atualmente mora na Europa)

“Dona Duda é uma tradição cultural de Pernambuco e estava esquecida. Aqui em nosso estado temos essa mania de valorizar o que vem de fora e esquecer de gritar que “ somos os melhores na diversidade cultural”. O povo gosta, mas os que mandam na cultura botam uma pedra em cima” Dona Duda com sua ciranda, durante muitos anos, foi a maior expressão feminina da cultura popular nordestina. Isso é uma verdade que precisava ser revista nos registros culturais do nosso povo”

Elias Lourenço – Radialista e Pesquisador Musical

“Falar de Dona Duda é falar do Janga. Ela é a cara do Janga. Dona Duda é a maior personalidade do Janga” A pessoa que mais promoveu nossas praias, a cidade de Paulista, com sua ciranda, sua alegria, com seu trabalho, porque ela não foi só uam cirandeira, foi também empresária. Acho que nós que vivemos aqui devemos tudo a ela. Quando ela chegou aqui, só existia mato, ela desbravou com sua força e os outros chegaram depois. Uma mulher forte, guerreira, que vence tudo na vida, as doenças, os dissabores. Falar dela é falar de uma grande nordestina. Nós a conhecemos há vinte e cinco anos. Eu vim de Araripina, sertão de Pernambuco. Meu esposo, Salvador Dimech, é europeu da Ilha de Malta. Nós casamos e escolhemos o Janga para morar. Aqui nós temos um trabalho comunitário social muito bonito, uma cooperativa de pescadores e Dina Duda e seu filho Davi nos dão um apoio muito forte”

Nágela Santiago Dimech – Moradora do Janga

Um comentário:

  1. Olá!

    Estou muito interessada em pesquisar sobre Dona Duda e gostaria de saber como faço para obter as gravações dela. Por acaso vocês têm documentações dos textos das músicas, por exemplo?

    E quem seriam as pessoas que eu poderia entrevistar para me falarem mais sobre ela?

    Obrigada,

    Adriana Silveira
    dri.sil06@gmail.com

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